A atual geração de tecnologia wireless (4G) foi o incentivo que as empresas de smartphones precisaram anos atrás para colocar mais aplicativos na palma de nossas mãos. A transição para o 5G apresentará oportunidades para diversas indústrias nos próximos anos, especialmente nas áreas da Internet das Coisas (IoT) e de edge computing.
Antes do 5G, a IoT estava sendo desenvolvida para qualquer coisa com um endereço IP. Dentro da arquitetura habilitada pela IoT, os dados são coletados por um sensor e, muitas vezes, enviados para o cloud para serem examinados e para outras ações. Muitos dados desnecessários são transferidos e, por isso, o processo consome largura de banda e retarda os tempos de resposta. Para reduzir essa questão de latência, foi estabelecido o edge computing.
Edge computing é um modelo de computação distribuída que traz a computação e o armazenamento de dados para mais perto dos usuários finais. Para entregar experiências melhores, serviços mais personalizados e tempos de resposta mais rápidos, diversas empresas precisarão aprimorar significativamente suas infraestruturas para acomodar o 5G e atender aos clientes de edge. A conversão trará mudanças importantes para os requisitos da infraestrutura de missão crítica o que, por sua vez, criará oportunidades para os parceiros de canal.
Suporte dos canais para os clientes
O 5G pode ser uma coisa boa para os parceiros de canais, mas dependerá do quão bem esses parceiros poderão dar suporte às redes 5G dos clientes. Essas redes serão tão capazes quanto o forem os padrões de acordo com os quais elas serão construídas. Os parceiros de canais precisarão estar na vanguarda da transformação do 5G para dar suporte aos primeiros a adotá-lo, como instituições financeiras e operadoras de smartphones, as quais estão entre os primeiros usuários das tecnologias de edge.
Todos os que adotarem o 5G terão necessidades similares. Os clientes demandarão que seus parceiros os ajudem com a infraestrutura, incluindo alimentação de energia. De acordo com o relatório de pesquisa da 451 Research patrocinado pela Vertiv, a maioria dos 105 tomadores de decisões técnicas das operadoras de telecom pesquisados espera que o 5G aumente a demanda por alimentação de energia entre 2 e 3 vezes, causando um aumento correspondente no consumo de energia. Logicamente, haverá uma necessidade de mais unidades de UPS de todos os tamanhos para proporcionar backup adicional e de mais baterias que dão suporte a esses UPS. Isso levará ao aumento da necessidade de gerenciamento térmico para resfriar todo esse calor adicional que será gerado. Para sustentar esses equipamentos, serão necessários mais racks e haverá questões de conectividade para serem resolvidas; e será preciso um parceiro capacitado para aglutinar tudo isso.
Começar no início
Usuários finais com sites de edge precisarão trabalhar com um parceiro experiente para uma auditoria inicial que determine o estado corrente de seus sites. Essa avaliação deverá cobrir o estágio do projeto, as capacidades existentes, a conectividade com sites globais, as distâncias aos sites centrais, os vários equipamentos em sites diferentes e outros fatores. Essa compreensão ajudará a formar uma estratégia para otimizar esses sites de edge e suas potenciais capacidades para 5G, e ajudará a gerenciar o consumo e os custos da energia.
Controlar o consumo de energia será um dos focos
Conforme as redes se tornam mais distribuídas, em centenas ou até milhares de sites, o custo da energia, é claro, se torna uma grande preocupação para as operadoras. Tendo a compreensão de que não há uma relação direta entre consumo de energia e capacidades, os parceiros de canais devem poder oferecer diferentes produtos para diferentes necessidades, de forma que ajudem os usuários finais a otimizar seus sites.
Fornecedores de soluções experientes podem ajudar a gerenciar os custos de energia e os custos operacionais através de um design inteligente e de produtos e serviços inteligentes e eficientes. Os melhores parceiros terão um largo espectro de soluções e terão acesso à diferentes portfólios, para dar assistência aos clientes desde o projeto até a implementação e operação. As soluções específicas irão variar de acordo com a região e com o tamanho da instalação, mas melhorar o uso da energia deverá ser um esforço contínuo.
Ajudando os clientes a aproveitar o edge computing
De acordo com a Gartner e outros analistas da indústria, o consumo de dados aumentará de 40 a 50% ano sobre ano. Com essa quantidade de consumo, a latência se torna uma questão importante. Cada vez mais, os dados precisam estar próximos dos usuários finais. Um caso em questão é a indústria da saúde.
Um hospital típico pode ter um data center central, mas como os sistemas de saúde atuais dependem cada vez mais de acesso rápido e fácil aos dados dos pacientes, eles também precisam de gabinetes de rede espalhados pelo campus, em centros cirúrgicos, unidades de terapia intensiva, unidades de emergência espalhadas pela cidade e outras instalações remotas para cuidados médicos. Essas necessidades criam oportunidades para os parceiros de canais.
Os sistemas de TI necessários para tornar tudo isso uma realidade devem ser confiáveis, potentes, capazes de transmitir dados com baixa latência e pequenos o suficiente para serem instalados em postes de luz ou serem armazenados em invólucros omnipresentes. Essa lista apresenta um importante desafio para a infraestrutura, demandando proteção da alimentação de energia, gerenciamento térmico e, mais importante, gerenciamento, monitoramento e capacidade de manutenção remotos. Esse microedge não será colocado em rede apenas com recursos locais, mas sim através de data centers e instalações de cloud computing ao redor do mundo.
Conclusão
O edge computing e a chegada do 5G serão desafios para os usuários finais. Instituições financeiras, instalações de serviços de saúde e outros locais de edge precisarão de suporte para TI. Para que os parceiros de canais continuem a fomentar esses relacionamentos, eles precisarão ser flexíveis. Os clientes estão ficando mais inteligentes, suas demandas estão mudando e há mais concorrentes e mais mudanças tecnológicas que nunca. Um parceiro proativo trabalhará com fornecedores para oferecer tecnologias e serviços que assegurem que as instalações de TI de um cliente sejam resilientes, confiáveis e prontas para o que vier a seguir.