A nuvem híbrida e a computação híbrida não são mais apenas casos de edge computing, eles estão se tornando o padrão para organizações que gerenciam infraestrutura complexa e distribuída. À medida que as cargas de trabalho mudam entre os ambientes, os operadores estão sob pressão para manter a performance, controlar os custos e atender aos requisitos de compliance sem construir em excesso.
De acordo com os Resultados da Pesquisa Global sobre Data Centers do Uptime Institute de 2025, 55% das cargas de trabalho de TI agora estão hospedadas fora das instalações, com esse número devendo aumentar para 58% até 2027. Ao mesmo tempo, uma em cada cinco grandes paradas custa mais de US$ 1 milhão, expondo os riscos de estratégias fragmentadas ou inflexíveis para a infraestrutura e riscos de indisponibilidades.
O que é nuvem híbrida?
A nuvem híbrida conecta serviços de nuvem com infraestrutura privada ou no local (on-prem). Dados e informações confidenciais permanecem privados dentro da infraestrutura digital própria, enquanto os serviços de nuvem - muitas vezes considerados infraestrutura de propriedade de terceiros - lidam com capacidade estourada, desenvolvimento e aplicações voltadas para o cliente.
Essa abordagem ajuda as organizações a escalar, controlar custos e cumprir o compliance enquanto usa a infraestrutura existente.
O que é computação híbrida?
A computação híbrida combina sistemas na nuvem e no local (on-prem) em um modelo, gerenciando armazenamento e processamento. Por exemplo, as análises em tempo real são executadas localmente enquanto os trabalhos em lote são executados na nuvem.
Isso permite que as equipes de TI posicionem as cargas de trabalho com base nas necessidades: mantendo tarefas sensíveis à latência próximas e enviando trabalhos pesados para recursos de nuvem escaláveis. O resultado é o melhor uso de recursos, melhor desempenho e maior flexibilidade.
Por que a abordagem híbrida é importante?
Sem uma abordagem alinhada e coordenada para o posicionamento da carga de trabalho, as organizações enfrentam latência crescente, capacidade encalhada e gaps de compliance. Para operadores de data center e equipes de TI, a questão mudou de se devem adotar modelos híbridos para como eles podem ser implementados sendo operacionalmente adequados às suas necessidades atuais e futuras.
Combinar ambientes em uma única estratégia aumenta a resiliência, diminui o uso de recursos e facilita a flexibilidade sem substituir a infraestrutura existente. A abordagem híbrida controla os custos de capital e operacionais evitando o provisionamento excessivo e reduz a latência mantendo o processamento da computação próximo aos usuários.
- Os ambientes híbridos permitem que as equipes ajustem a capacidade rapidamente. Elas podem mudar as cargas de trabalho entre a infraestrutura privada e de nuvem, dependendo da demanda, tornando mais fácil lidar com picos sem um enorme investimento.
- As organizações podem evitar as construções excessivas que são dispendiosas ao rodar cargas de trabalho estáveis na infraestrutura própria e mudando para serviços de nuvem quando ocorrem sobrecargas e eles são necessários.
- A nuvem híbrida ajuda as equipes a fazer a transição e se adaptar às emergentes legislações regionais sobre privacidade e soberania de dados, pois os operadores são obrigados a controlar e gerenciar onde e como os dados são armazenados, acessados e transferidos, especialmente quando os provedores de serviços de nuvem (CSPs) operam sob jurisdições estrangeiras.
Na prática, as cargas de trabalho podem se mover dinamicamente entre ambientes com base em capacidade, velocidade e conectividade, ou requisitos de compliance, tal como rodar um banco de dados de clientes no site enquanto descarregar análises para a nuvem. Por exemplo, uma empresa de serviços financeiros pode executar cálculos de lote de rotina em servidores locais enquanto usa clusters de GPU na nuvem para simulações de risco complexas.
Juntas, a nuvem híbrida fornece a infraestrutura de base e a computação híbrida orquestra como as cargas de trabalho a aproveitam, assegurando que cada tarefa seja executada no ambiente mais adequado para performance, custos e segurança.
Casos de uso comuns de nuvem híbrida e computação híbrida
A TI híbrida encontra valor prático em como aborda os desafios do mundo real em diferentes setores, tornando-a adequada para uma variedade de cargas de trabalho e necessidades operacionais. Desde a modernização de sistemas legados até o suporte a tecnologias emergentes e a contribuição para a resiliência dos negócios, alguns exemplos abaixo identificam seu uso:
- Modernização de TI empresarial: As grandes empresas muitas vezes enfrentam o desafio de modernizar sistemas legados sem interromper as operações centrais. A nuvem híbrida permite que eles migrem gradualmente, mantendo cargas de trabalho críticas no local e, ao mesmo tempo, transferindo funções menos sensíveis para a nuvem. Os clientes corporativos da Microsoft, por exemplo, usam a Azure para conectar infraestruturas legadas com
- o Edge computing e a Internet das Coisas (IoT): Setores com operações distribuídas, como manufaturas, varejo e logística, usam computação híbrida para dar suporte a cargas de trabalho de edge computing. O processamento acontece localmente para reduzir a latência e o uso de largura de banda, enquanto os recursos da nuvem lidam com análises e orquestração. A Vertiv tem dado suporte a implementações em que a infraestrutura de edge computing é instalada em ambientes com limitações, como as salas de estoque do varejo ou as salas de controle industriais, possibilitando respostas em tempo real sem sobrecarregar os sistemas centrais.
- Cargas de trabalho de IA na nuvem e no local: Organizações que executam cargas de trabalho de IA muitas vezes dividem as tarefas entre ambientes para equilibrar a performance, os custos e a governança de dados. Muitas corporações usam a computação híbrida para orquestrar essa divisão de infraestrutura para treinamento e inferência, executando trabalhos de treinamento de alto volume na nuvem, mantendo tarefas sensíveis à latência ou vinculadas ao compliance mais próximas da fonte de dados. Essa configuração ajuda as equipes a gerenciar os custos de infraestrutura sem comprometer o controle ou a performance.
- Recuperação de desastres e continuidade dos negócios: As arquiteturas de nuvem híbrida dão suporte às estratégias de failover que abrangem ambientes de nuvem e locais. As cargas de trabalho são replicadas entre zonas ou regiões, reduzindo o risco de paradas durante faltas de energia. Os clientes da Google Cloud, por exemplo, acreditam que essa configuração é especialmente útil para aplicativos que exigem alta disponibilidade, mas não podem tolerar longos períodos para recuperação.
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A infraestrutura híbrida permite que as operadoras alinhem cargas de trabalho com o ambiente certo, estendendo os ativos existentes em vez de substituí-los, dando aos data centers a flexibilidade para lidar com a demanda em constante mudança, com as cargas de trabalho em escala da IA e com a necessidade de resiliência. À medida que a intensidade da computação aumenta e as pressões regulatórias crescem, as estratégias híbridas orientarão como os operadores projetam, implementam e gerenciam a infraestrutura. A pergunta agora se baseia na rapidez com que os operadores podem adaptar seus ambientes para aproveitar ao máximo os benefícios.
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